Assu, às 11 do dia
São horas de almoçar, há movimento,Badala no Mercado uma sineta,
Há gente pelas ruas, na valeta
Um pequeno tropeçar e, no momento...
Um carro a buzinar corre violento,
Um preto a pedinchar uma gorjeta
Compra Aguardente em vez de alimento!
Há silêncio nos lares. Nos hotéis
Engenheiros, bancários, coronéis,
Vão fazer sua farta refeição,
Enquanto um pobre ser, acocorado,
Tira do "caco" um sebo mal torrado
E o põe a misturar-se no feijão...
Fonte: A Mulher na Literatura
Nenhum comentário:
Postar um comentário